Gnomo viajante
Bastou a primeira viagem de avião para que eu tivesse uma certeza: amo viajar! Não que antes eu desconhecesse essa paixão por descobrir novos lugares, paisagens e culturas. Todas as viagens são transformadoras, até mesmo para a cidade vizinha. A questão é poética: sair do chão e voar. Aquele momento onde o avião acelera tanto, ainda em terra e, aos poucos, sentimos que estamos batendo asas. Na verdade, o meio de locomoção pouco importa. Avião, ônibus, carro, moto, bicicleta ou até mesmo a pé. O que vale é se movimentar, dar o primeiro passo, abrir a mente e o coração para as novas experiências.
Há outras maneiras de viajar, não apenas fisicamente, como numa leitura, por exemplo. É possível descobrir lugares longínquos, viver histórias e conhecer pessoas que jamais imaginaríamos existir, sentados confortavelmente numa poltrona e bebendo uma xícara de chá bem quentinho. Aliás, essa é outra paixão!
E por falar em outras paixões, podemos viajar também assistindo filmes. E foi por meio do meu filme preferido, O Fabuloso Destino de Amélie Poulain que tive a inspiração para fazer o Gnomo viajante. No filme, Amélie tenta incentivar seu pai a explorar novos lugares, causando-lhe espanto quando ele percebe que seu gnomo de jardim sumiu e que o mesmo envia fotografias de lugares que conheceu pelo mundo. Intrigado e incentivado pelas imagens, resolve fazer as malas e viver novas experiências.
Já fazia algum tempo que eu tinha vontade de fazer um pequeno gnomo de papel machê, para que pudesse levá-lo nos passeios e viagens e reproduzir a ideia das fotografias. Assim que entrei de férias, no início de julho, comecei a criar meu gnomo, que me acompanhou durante a viagem que fiz à Argentina e Chile.
Depois de pronto, embrulhei-o com todo o cuidado em um pedaço de plástico bolha e coloquei-o na bolsa. É muito curioso pensar na quantidade de valor que atribuímos aos objetos à nossa volta. Antes da viagem, era apenas um gnomo, embora eu já tivesse muito carinho por ele, pelo fato de ter sido feito por mim. Mas foi durante a viagem e, principalmente no final dela, que passei a enxergar aquele pequeno serzinho com outros olhos. Os objetos contam a nossa história e dizem muito sobre nós, principalmente um objeto artesanal, feito à mão.
Casa Rosada – Buenos Aires
Parque Mulheres Argentinas – Buenos Aires
Caminito – Buenos Aires
Mendoza – Argentina
Valparaiso – Chile
Viña del Mar – Chile
Sky Costanera – Santiago
Além de ter um registro fotográfico diferente dos lugares que conheci, foi uma diversão à parte carregar o gnomo e fazer fotografias com ele. Sabe quando somos crianças e levamos para todos os lugares aquele brinquedo predileto? É mais ou menos isso. Apesar de ser adulta, acho importante dar espaço à nossa criança interna. Importante e necessário, diria. Espero que esse gnominho fofo conheça muitos e muitos lugares desse mundo!
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Créditos das duas primeiras fotografias: Victor Schimidt.
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